Alzheimer, Doença de Alzheimer ou Mal de Alzheimer é uma doença degenerativa que apresenta como sintoma mais marcante a perda da memória. Afeta, principalmente, pessoas com idade acima dos 65 anos, mas pode ocorrer antes dessa faixa etária, sendo então denominada “Doença de Alzheimer de início precoce”.
Alzheimer, Doença de Alzheimer ou Mal de Alzheimer é uma doença degenerativa que apresenta como sintoma mais marcante a perda da memória. Afeta, principalmente, pessoas com idade acima dos 65 anos, mas pode ocorrer antes dessa faixa etária, sendo então denominada “Doença de Alzheimer de início precoce”.
Os dados neuropatológicos mais relevantes em pacientes de DA são a presença de atrofia cerebral, perda de neurônios e redução da comunicação entre eles (sinapses), presença de placas senis extracelulares compostas de agregados filamentosos da proteína β-amilóide (Aβ) e massas neurofibrilares intracelulares, formadas principalmente por uma proteína denominada “proteína tau”. Apesar de ser possível a presença destas alterações no cérebro de idosos sadios, os sintomas não são observados conjuntamente e nem com a mesma intensidade do que em pacientes acometidos pela Doença de Alzheimer.
Geralmente quem identifica os sintomas são os familiares, fique atento ao comportamento dos seus pais, avós ou familiares mais próximos. Em caso de dúvida, consulte um neurologista.
O diagnóstico do Alzheimer é feito principalmente por meio da análise dos sintomas apresentados pelo indivíduo (avaliação médica) e exames complementares. Podem ser solicitados exames de sangue, tomografias e ressonância magnética do crânio. Apesar de não existir uma forma de diagnóstico específica para identificar o problema, a realização de alguns exames auxilia na exclusão de outras doenças que possam provocar os mesmos sintomas.
O Alzheimer é uma doença degenerativa e progressiva que não tem cura. Entretanto, o tratamento pode retardar a progressão da doença e garantir uma melhor qualidade de vida ao paciente.
O tratamento inclui tanto o uso de medicamentos específicos quanto medidas não farmacológicas (exercícios físicos e atividades que potencializem as habilidades cognitivas do indivíduo). A socialização é muito importante para melhorar o relacionamento do paciente com Alzheimer e outras pessoas. Deve ser incentivada ativamente pelos familiares, já que o paciente passa a ter desinteresse nessas atividades.
Entre as alternativas medicamentosas, temos aquelas que atuam diretamente na patogênese da doença:
E temos também os medicamentos que atuam minimizando os sintomas comportamentais (reduzem a agressividade, alterações de humor, apetite e sono):
Tem sido também crescente o uso de Canabidiol para controle dos sintomas da Doença de Alzheimer, porém ainda são necessários estudos a respeito da segurança, eficácia e posologia.
Identificando qualquer sintoma deve-se sempre procurar um neurologista de sua confiança para instituir o tratamento precoce. É importantíssima a abordagem multidisciplinar, como fisioterapia, fonoaudiologia, avaliação/ acompanhamento nutricional e estímulo à prática de atividades físicas e lúdicas.
Há um componente genético envolvido, geralmente nos casos de diagnóstico mais precoce (< 65 anos), porém a maior parte dos casos são esporádicos. Tanto no caso de haver algum familiar acometido, quanto para a população geral, há algumas medidas de prevenção (vide abaixo).
Não, existem diversas doenças que podem se manifestar de forma semelhante à Doença de Alzheimer como Demência Vascular, Demência Frontotemporal, Hidrocefalia de Pressão Normal, Demência com corpúsculos de Lewy, Afasia Progressiva Primária entre outras. Somente o neurologista é capaz de realizar o correto diagnóstico.
Houveram estudos sugerindo essa associação (como sendo um fator de risco para Alzheimer o fato da pessoa ter ingerido medicamentos conhecidos como “tarja preta” - benzodiazepínicos - por mais de 3 meses), também tentou-se estabelecer esta relação com antipsicóticos ou antidepressivos, porém, há vários vieses nestes estudos, já que estes medicamentos tratam alterações de sono e de humor que podem inclusive ocorrer em fases iniciais de doença de Alzheimer e portanto não podem ser considerados como “causa”.
Além disso, o próprio quadro depressivo em si pode ser responsável por colocar o indivíduo mais sob risco de desenvolver Alzheimer devido ao isolamento social que a depressão ocasiona.
É complexo estabelecer uma relação causal mas, de qualquer forma, o ideal é evitar o abuso de tais medicamentos exceto quando há uma indicação médica para seu uso.
A pessoa já tem as alterações químicas e patológicas da doença (acúmulo de amilóide nas células do cérebro), mas não apresenta nenhum problema de memória. Esta fase pode ocorrer mais de 10 anos antes do surgimento dos primeiros sintomas.
O indivíduo percebe alguns lapsos de memória, alguns esquecimentos pontuais (telefones, nomes de pessoas, onde guardou objetos), que ficam mais frequentes do que anteriormente, mas não são percebidos em exames clínicos de rotina (testes neuropsicológicos) nem pelos amigos e familiares. Importante ressaltar que estes sintomas são muito comuns em indivíduos que nunca irão desenvolver Doença de Alzheimer então não devem ser utilizados como parâmetro diagnóstico.
Nesta fase os familiares, colegas do trabalho e amigos começam a perceber as falhas da memória e maiores dificuldades, sintomas que geralmente são detectados em testes de memória e concentração, feitos pelo neurologista no consultório. Outros sintomas comuns desta fase:
Neste momento, torna-se comum o paciente não perceber ou negar seus sintomas justamente por perda de crítica; tende a dizer que outros pegaram seus objetos ao invés de perceber que perdeu; achar que os familiares possam estar subtraindo algum bem pessoal etc.
Os sintomas tornam-se mais claros em uma avaliação neurológica:
Lapsos de memória e pensamento são nítidos. A necessidade de ajuda com atividades diárias começa a ser imprescindível:
Neste momento o paciente necessita de supervisão constante, para que não coloque sua vida em risco.
Costuma-se inferir que seja em média de 6-12 anos após o diagnóstico (estágio 4). Porém, depende muito da forma com que este paciente é cuidado, das orientações a seus familiares, atenção multidisciplinar (fisioterapia, fonoaudiologia, avaliação nutricional), uso de medicamentos e comorbidades. O óbito em geral se dá devido a consequência da dificuldade de deambulação (fraturas, trombose, úlceras de pressão) ou de deglutição (pneumonia aspirativa, desidratação, desnutrição).
Esperamos que este conteúdo tenha esclarecido as principais dúvidas sobre a Doença de Alzheimer. Qualquer suspeita procure um neurologista de sua confiança para que ele possa avaliar o caso e indicar o tratamento.
Qualquer dúvida entre em contato conosco.